“Mas se me perguntas se eu te amoDigo que ‘talvez’ ou ‘só de vez em quando'”
(Trecho de uma música que acabei de compor hoje).
Sim, compor é uma grande maravilha, mas, muitas vezes, uma grande dor também.
Porque na poesia, ao escrever uma letra, a gente tem que buscar uma verdade lá de dentro.
E aí são horas e mais horas, por vezes dias – neste caso dois dias, mas algumas levam meses – remexendo na mesma letra, remoendo, retorcendo, redescobrindo emoções.
Por que escrever, se escrever pode trazer também tanta dor? Não é uma escolha. É uma necessidade. É preciso colocar para fora. É preciso libertar.
Depois de escrever essa letra, caí no choro. E não era aquele chorinho de nada, era aquele choro de salgar a cara toda e entupir o nariz. Olhos inchados, rosto todo vermelho de chorar, a paisagem não era a mais bela. O processo criativo é lindo, é saboroso, mas às vezes dói. Mas era preciso. Era preciso libertar. A partir do momento que escrevo, é como se transportasse as emoções para o papel. A partir do momento que transportei as emoções, já não tenho mais a obrigação de carregar o peso delas. Porque emoção demais pesa, pesa muito, e eu sou toda sentimento.
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